Em uma dessas visitinhas em seu site encontrei uma entrevista muito interessante sobre Primeiros Socorros onde o Dr.Fernado Bueno Leitão (médico, professor de anestesiologia no Hospital das Clínicas de São Paulo e coordena curso de primeiros socorros para profissionais da saúde dentro do HC) é entrevistado e aborda assuntos como:
- Prevenir é o melhor remédio
- O perigo mora ao lado
- Primeiro atendimento: água corrente para as queimaduras
- Primeiro atendimento: cortes - lavar com água e sabão
- Prevenindo e tratando mordidas de animais
Mas o último abordado nessa entrevista foi sobre o atendimento em quedas e fraturas. Onde o Dr. Fernando Leitão deu dicas que valem a pena conferir:
Drauzio – Como as pessoas devem agir no caso de quedas e fraturas?
Fernando Bueno Leitão – O indivíduo caiu, adulto ou criança, e está com dor num dos membros. O primeiro passo é imobilizar a região atingida. A imobilização ajuda a aliviar a dor e a não agravar o quadro.
Mesmo que não haja fraturas e tenha ocorrido apenas um deslocamento ou desvio, uma tala simples internamente revestida por material poroso deve ser colocada para evitar que o membro ferido se movimente. Se não houver uma tala disponível, vários cadernos de jornal amarrados com uma faixa são suficientes para envolver e imobilizar o braço ou a perna acidentados.
Drauzio – Resumindo numa única frase, na suspeita de fraturas, o primeiro cuidado deve ser a imobilização. E depois, o que se deve fazer?
Fernando Bueno Leitão – Encaminhar o paciente para atendimento médico-hospitalar. A fratura pode não ser exposta, o osso não está aparecendo, mas nada garante que um vaso de grosso calibre não tenha sido lesado e possam surgir edemas e hematomas.
Mais grave do que a suspeita de fratura em extremidades, são as fraturas de coluna cervical. O indivíduo subiu na escada para trocar a lâmpada, caiu e bateu a cabeça no chão. Não perdeu a consciência, mas sente dor no pescoço. Qualquer lesão traumática acima da clavícula e mais do que um ferimento abaixo da clavícula – o indivíduo dobrou o pé, entortou a perna, etc. – são sinônimos de suspeita de trauma na coluna cervical. Conduta: manter a pessoa imobilizada. Se tiver um colar cervical, uns chamam de pescoceira, colocá-lo com cuidado. Se não tiver, a imobilização pode ser feita com as mãos colocadas ao redor do pescoço da vítima.
Drauzio – Pode-se pegar a pessoa que sofreu uma queda, colocar no carro e levar para o hospital?
Fernando Bueno Leitão – Nós dois sozinhos não conseguiríamos nem deveríamos fazê-lo. Precisaríamos de mais duas pessoas para que uma segurasse a cabeça; a outra, o tronco; a terceira, o quadril e a quarta, os membros a fim de transportar o acidentado em bloco.
Drauzio – O ideal é que pelo menos ele fosse colocado sobre uma tábua.
Fernando Bueno Leitão – É verdade. Vamos nos reportar ao exemplo do indivíduo que está acampado na beira do rio, sofreu uma queda, não consegue mexer-se e precisa ser transportado para a Santa Casa da cidade mais próxima. A porta da cabana é uma tala, uma prancha longa que pode ser utilizada a contento. Depois de colocá-lo sobre a tábua, é preciso tomar alguns cuidados: apoiar sua nuca e impedi-lo de fletir a cabeça que deve ser mantida numa posição de semi-extensão.
O grande risco das fraturas de coluna cervical são hiperextensão, flexão e lateralização da cabeça, pois uma vértebra fraturada pode seccionar a medula, que é a continuidade do encéfalo e desce pela coluna vertebral de onde saem os nervos que enervam o corpo todo.
Desse modo, é sempre bom lembrar que fratura de coluna cervical na altura do pescoço pode seccionar a parte alta da medula e prejudicar toda a enervação do corpo, e o individuo corre o risco de ficar tetraplégico. Foi o que aconteceu com Christopher Reeve, ator que interpretou o Super-Homem no cinema. Reeve caiu de um cavalo e está tetraplégico, isto é, tem os quatro membros paralisados.
Bater a cabeça representa também um traumatismo que exige atenção continuada por vários dias. A batida pode causar o rompimento de um vaso ou de uma artéria cerebral e, como conseqüência, a formação de um hematoma que irá comprimir o cérebro e provocar, a partir de determinado momento, perda de consciência e paralisia. Isso exige tratamento imediato e cirurgia de emergência. Na maioria da vezes, retirado o coágulo, o problema estará resolvido satisfatoriamente.
Traumatismo craniano e fratura de coluna necessitam de socorro urgente que pode ser pedido pelo telefone 193, número do resgate que existe não só em São Paulo, mas em vários outros grandes centros do Brasil. Os bombeiros estão bem preparados e se reciclam constantemente para prestar esse tipo de atendimento e, quando necessário, se fazem acompanhar por um médico e uma enfermeira.
Fernando Bueno Leitão – O indivíduo caiu, adulto ou criança, e está com dor num dos membros. O primeiro passo é imobilizar a região atingida. A imobilização ajuda a aliviar a dor e a não agravar o quadro.
Mesmo que não haja fraturas e tenha ocorrido apenas um deslocamento ou desvio, uma tala simples internamente revestida por material poroso deve ser colocada para evitar que o membro ferido se movimente. Se não houver uma tala disponível, vários cadernos de jornal amarrados com uma faixa são suficientes para envolver e imobilizar o braço ou a perna acidentados.
Drauzio – Resumindo numa única frase, na suspeita de fraturas, o primeiro cuidado deve ser a imobilização. E depois, o que se deve fazer?
Fernando Bueno Leitão – Encaminhar o paciente para atendimento médico-hospitalar. A fratura pode não ser exposta, o osso não está aparecendo, mas nada garante que um vaso de grosso calibre não tenha sido lesado e possam surgir edemas e hematomas.
Mais grave do que a suspeita de fratura em extremidades, são as fraturas de coluna cervical. O indivíduo subiu na escada para trocar a lâmpada, caiu e bateu a cabeça no chão. Não perdeu a consciência, mas sente dor no pescoço. Qualquer lesão traumática acima da clavícula e mais do que um ferimento abaixo da clavícula – o indivíduo dobrou o pé, entortou a perna, etc. – são sinônimos de suspeita de trauma na coluna cervical. Conduta: manter a pessoa imobilizada. Se tiver um colar cervical, uns chamam de pescoceira, colocá-lo com cuidado. Se não tiver, a imobilização pode ser feita com as mãos colocadas ao redor do pescoço da vítima.
Drauzio – Pode-se pegar a pessoa que sofreu uma queda, colocar no carro e levar para o hospital?
Fernando Bueno Leitão – Nós dois sozinhos não conseguiríamos nem deveríamos fazê-lo. Precisaríamos de mais duas pessoas para que uma segurasse a cabeça; a outra, o tronco; a terceira, o quadril e a quarta, os membros a fim de transportar o acidentado em bloco.
Drauzio – O ideal é que pelo menos ele fosse colocado sobre uma tábua.
Fernando Bueno Leitão – É verdade. Vamos nos reportar ao exemplo do indivíduo que está acampado na beira do rio, sofreu uma queda, não consegue mexer-se e precisa ser transportado para a Santa Casa da cidade mais próxima. A porta da cabana é uma tala, uma prancha longa que pode ser utilizada a contento. Depois de colocá-lo sobre a tábua, é preciso tomar alguns cuidados: apoiar sua nuca e impedi-lo de fletir a cabeça que deve ser mantida numa posição de semi-extensão.
O grande risco das fraturas de coluna cervical são hiperextensão, flexão e lateralização da cabeça, pois uma vértebra fraturada pode seccionar a medula, que é a continuidade do encéfalo e desce pela coluna vertebral de onde saem os nervos que enervam o corpo todo.
Desse modo, é sempre bom lembrar que fratura de coluna cervical na altura do pescoço pode seccionar a parte alta da medula e prejudicar toda a enervação do corpo, e o individuo corre o risco de ficar tetraplégico. Foi o que aconteceu com Christopher Reeve, ator que interpretou o Super-Homem no cinema. Reeve caiu de um cavalo e está tetraplégico, isto é, tem os quatro membros paralisados.
Bater a cabeça representa também um traumatismo que exige atenção continuada por vários dias. A batida pode causar o rompimento de um vaso ou de uma artéria cerebral e, como conseqüência, a formação de um hematoma que irá comprimir o cérebro e provocar, a partir de determinado momento, perda de consciência e paralisia. Isso exige tratamento imediato e cirurgia de emergência. Na maioria da vezes, retirado o coágulo, o problema estará resolvido satisfatoriamente.
Traumatismo craniano e fratura de coluna necessitam de socorro urgente que pode ser pedido pelo telefone 193, número do resgate que existe não só em São Paulo, mas em vários outros grandes centros do Brasil. Os bombeiros estão bem preparados e se reciclam constantemente para prestar esse tipo de atendimento e, quando necessário, se fazem acompanhar por um médico e uma enfermeira.
Fica aí a dica e se você tiver alguma dúvida sobre saúde consulte Dr. Drauzio Varella.
Bejinhos...
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